sábado, 11 de maio de 2013

Hoje entrei no meu face e vi essa publicação do meu "pai" budista, o Melson. Resolvi compartilhar com vocês.
Tenham um excelente fim de semana.


Para refletirmos sobre a prática individual da fé.


PARTE UM: 


"Quatorze calúnias (1)


A prática da fé reflete-se nas atitudes diárias

Podemos dizer que nossos sofrimentos são todos causados devido ao nosso mau carma criado no passado?

É bastante comum a postura de atribuirmos todos os nossos sofrimentos a um carma negativo que formamos em alguma época no passado. No entanto, quando nos aprofundamos no estudo do budismo entendemos que muitas dessas dificuldades não são necessariamente efeitos de ações passadas, mas ao contrário, resultam de atitudes que praticamos no dia-a-dia que nada têm a ver com os ensinamentos budistas.


Muitas dessas atitudes são, na realidade, contrárias aos ensinamentos budistas movidas principalmente por influências dos ensinos provisórios, crenças e costumes regionais que incorporamos antes mesmo de conhecer o budismo. Há também aquelas que acabamos aceitando devido à influência da própria sociedade atual. Dessa forma, mesmo que nos dediquemos intensamente na recitação do Gongyo e Daimoku, nossos benefícios são reduzidos ou até mesmo apagados pelo que chamamos, no budismo, de calúnias.


Quando Nitiren Daishonin encontrava-se no Monte Minobu, recebeu oferecimentos de um seguidor chamado Matsuno Rokuro Zaemon que certa vez questionou-o sobre a diferença dos benefícios obtidos quando um sábio recita Daimoku e quando nós recitamos. Nitiren Daishonin responde da seguinte forma: “Não existe diferença nos benefícios do Daimoku. O ouro é o mesmo, seja nas mãos de um tolo ou de um sábio. Contudo, existirá uma diferença caso recitar Daimoku opondo-se ao espírito do Sutra de Lótus.”

Na sequência desta carta, Daishonin cita um trecho das “Anotações sobre Palavras e Frases do Sutra de Lótus” (Hokke Mongu Ki) de Miao-lo, em que explana sobre o espírito do Sutra de Lótus, referindo-se às quatorze calú- nias: “Um erudito enumera os tipos de males da seguinte forma: ‘São quatorze as causas do mal: 1) arrogância, 2) negligência, 3) julgamento egoístico, 4) julgamento superficial, 5) avareza, 6) recusa à compreensão, 7) descrença, 8) recusa a ouvir, 9) dúvida errônea, 10) calúnia, 11) desrespeito aos crentes, 12) ódio aos crentes, 13) desconfi- ança aos crentes, 14) inveja aos crentes’. Estas quatorze calúnias aplicam-se igualmente aos clérigos e aos leigos. Quão temível é o pecado de cometer qualquer uma destas calúnias.”

Do ponto de vista do budismo de Nitiren Daishonin, as dez primeiras referem-se a calúnias contra o próprio budismo e as quatro últimas contra as pessoas que abraçam o Gohonzon e praticam o verdadeiro budismo. Portanto, uma pessoa que acredita e coloca em prática o budismo com toda a seriedade estará deixando de cometer as dez primeiras calúnias de forma natural. Porém, de acordo com esta passagem, ainda restam quatro causas que po- dem obstruir os benefícios que são relacionadas a atos contra os seguidores do budismo. Assim, aqueles que praticam o budismo devem estar constantemente atentos para não cometerem uma das quatro últimas calúnias. “Desrespeito”, “Ódio”, “Desconfiança” e “Inveja” em relação àqueles que abraçam o Gohonzon e praticam o budismo. De acordo com este trecho da escritura de Nitiren Daishonin, quando se comete uma destas calúnias, mesmo que se recite Daimoku, e independentemente se é clérigo ou leigo, não se conquista benefícios.


Daqui podemos entender que é importante que todos aqueles que abraçam o Gohonzon intensifiquem dia após dia sua prática da fé e avancem continuamente visando a sua própria felicidade absoluta e o Kossen-rufu mundial, nunca se esquecendo de prezar e respeitar os demais companheiros que também oram diante do Gohonzon.

Fontes: - As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. I, págs. 374–375. - Brasil Seikyo, edição no 1.589, 21 de janeiro de 2001, pág. A2."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sugestões sempre bem vindas! Deixe a sua. Nam Myoho Rnegue Kyo.